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O GLACIAL – Janeiro a Abril de 1968

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A parceria artística entre mim e o meu grande amigo Rogério Silva já tem uma tradição visto que data do próprio início da sua página na internet.
Os exemplos são muitos e chamo neste caso a atenção do visitante para a circunstância de se verificar nestes reforços cromáticos um recurso sistemático à “cor pânica” de Carlos Faria (um magenta carregado de certo tipo) de que já tive a ocasião de falar noutro texto.
Outro pormenor técnico de apresentação de “Glacial” está aqui em evidência, quanto à inclusão, nas páginas de fecho ou de continuação dos artigos, de uma acentuação colorida da localização dos textos em causa.

O LEGADO DE CARLOS FARIA, um manancial riquíssimo

O trabalho que tenho estado a fazer tem-me dado a oportunidade de ir lendo e observando “por dentro” tudo o que significou, e significa ainda, o conteúdo do suplemento, obra maior de Carlos Faria, que tenho a honra de divulgar na íntegra.
São imensas as colaborações nele contidas que merecem destaque e irei fazendo o que me for possível por trazer aqui vários exemplos da eloquência da intervenção do coordenador e da pleíade de artistas, intelectuais e cidadãos que conseguiu reunir nas suas páginas, apoiadas com coerência e esclarecimento pelo director de “A União”, Artur da Cunha Oliveira e seus chefes de redacção, entre os quais menciono Artur Goulart.

DES 02

Desenho de Rogério Silva para a capa do livro de versos de Almeida Firmino, publicado no nº 10 de GLACIAL, de 13 de Abril de 1968. Leitura subjectiva e reforço cromático de Costa Brites.CLICAR PARA VER MAIOR.

O desenho de Rogério Silva

O desenho que atrevidamente “transtornei” conheci-o apenas na digitalização da imagem publicada no nº 10 de “Glacial” aqui apresentada.
Ficaria mal com a minha consciência se não confrontasse esta “versão livre” com a imagem publicada, forçosamente muito diferente do original. Principalmente porque a paupérrima reprodução que o jornal nos oferece da obra de Rogério, revela contudo uma qualidade estética muito brilhante, pelo alinhado de perfis marítimos de naves de cascos fragmentados pela névoa, visão fílmica de apenas uma silhueta que se aproxima ou se distancia de nós, conforme a disposição do olhar.
A alma de cada uma das embarcações não se revela no casco, ergue-se nas velas imponentes.
A velocidade  torna-as uma simples palpitação ou sinal do vento que agita o mar que o artista – com rasgos decididos – registou numa esquematização das águas, abstractamente dinâmica.
Como em tantos outros trabalhos de Rogério Silva o esforço expressivo  é uma marca identitária coerente, revelando sempre a maestria do autor o mais adequado domínio dessa concentração energética.
Ficou deste modo satisfeito o escrúpulo de não mostrar uma e outra das imagens mas, apesar da palpitação das cores, não me livro da impressão facilmente defensável que o original é bem melhor que a elaboração de minha autoria…

Glac 10 RS N

GUIA DE VISITA:


Entrando nas galerias, basta clicar na primeira imagem  em cima à esquerda, para poder fazer desfilar num ecrã próprio, cada um dos suplementos. Em baixo à direita, há uma indicação “view full size” mediante a qual pode ter-se acesso, primeiro a uma visão única do documento e depois, com novo clique, ao formato mais pormenorizado que permite a leitura de todos os conteúdos com a máxima clareza.

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depois de lido este conjunto de GLACIAIS pode clicar nesta frase para ter acesso ao seguinte


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